Responsabilidades das sociedades médicas são debatidas no IRCAST

Com a participação do diretor do Brasil Chapter do American College Office Surgeons, Ramiro Colleoni Neto, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva, Carlos Eduardo Domene e Luiz Carlos Von Bahten, Presidente do CBC – Colégio Brasileiro de Cirurgiões, o Centro de Treinamento em Cirurgias Minimamente Invasivas – IRCAD América Latina, abordou em seu podcast, o IRCAST, a importância da atuação das sociedades médicas para a educação médica continuada, destacando desde o caráter científico, atuação da Associação Médica Brasileira, dos Conselhos de Medicina e outras ações em prol da classe médica e pacientes.

Médico e doutor em cirurgia do aparelho digestivo, o presidente da entidade que mais representa inovação na área médica, a SOBRACIL – Carlos Domene  falou sobre o papel das sociedades para a classe, “as sociedades estão cada vez mais atuantes e têm a função regulatória nas ações e pretensões dos médicos, atuando como grande porta voz dos associados. A vantagem é que são sociedades de especialidades onde as demandas de especialidades têm voz ainda mais forte e por isso são vitais”, disse.  Já Ramiro, destacou o caráter científico das sociedades. “O conhecimento médico evolui cada vez mais rápido. O número de informações é cada vez maior e temos que interpretá-las e incorporá-las na nossa prática da melhor forma possível. Além da estrutura universitária que forma recursos humanos. As sociedades congregam especialistas que podem se dedicar a determinados assuntos com mais profundidade e promover a atualização do conhecimento em determinada área. De modo geral as sociedades reúnem os especialistas a trabalharem em conjunto e promover uma discussão continua nas mudanças de cenário”, disse.

A atuação do Conselho Federal de Medicina  e Conselhos Regionais também foram abordadas, “O CFM, estabelecido no final dos anos 50 como autarquia federal autônoma,  se descentraliza através dos conselhos regionais, que têm atuação estaduais a fim de executar serviços que vão promover benefício e defender interesse da coletividade, regulamentar, fiscalizar e disciplinar o exercício de nossa profissão”, disse Ramiro que também destacou a questão ética, “São os conselhos que realizam julgamentos dos casos que entram em conflito ou ferem o código de ética médica, podendo atribuir advertências, suspenções ou eventualmente até caçar o registro profissional do indivíduo que comete uma ou mais infrações desse código de ética. No âmbito da cirurgia, tanto o CFM quanto Conselhos Regionais, têm câmaras técnicas, compostas por especialistas e acompanham as questões relacionadas à algumas áreas com maiores controvérsias e questionamentos legais”, destacou Ramiro Colleoni Neto.  Luiz Carlos do CBC, destacou sobre a atuação do Colégio e parceria com o Colégio Americano de Cirurgiões, que é a maior instituição cirúrgica mundial, “ As associações médicas se baseiam em três pilares,  sendo o pilar científico e educacional, boas práticas médicas e defesa profissional, por isso são muito importantes. Temos uma comissão de internacionalização, onde o Brasil está muito bem colocado nas áreas cirúrgicas, em publicações inclusive internacionais, o que facilita com que os cirurgiões mostrem seu trabalho fora do país. Já a parceria com o Colégio Americano traz uma proximidade que possibilita uma troca de informação  muito importante”, finalizou.